sexta-feira, 23 de junho de 2017

Dança das Vassouras

Dança das Vassouras A orquestra inicia o arrasta-pé. Pares animados, alguns enamorados, saem dançando. Seleções deliciosas como jamais se apreciaria anos depois. Ritmos variados e, o melhor, bem dançados. Nada de dois pra lá, dois pra cá, como se observa hoje. Chega a hora da dança especial, aquela que rende um dinheirinho a mais no cofre do Country Club, em Poços de Caldas. Aliás, o que foi feito dos bailes de lá? Simplesmente sobrevivem no balaio das recordações. Um sambão invade o ambiente. Logo a pista fica lotada de pés de valsa e de vassouras... E como vassoura não dança sozinha, cavalheiros desacompanhados dançam com elas. Só que sob certas condições: dançar um segundinho com a dama “esfiapada” e passá-la adiante, roubando a dama de um bailarino qualquer. Caso não o faça logo e a música seja interrompida, o cidadão lerdo é multado... Como ninguém quer pôr a mão no bolso, vassouras voam pelo salão. Os homens com vassoura não miram a dama bonita, boa dançarina ou a paquera, querem é se livrar da vassoura, para não sofrerem penalidade. Ao fim da seleção, os que sobram com a vassoura na mão ainda têm que dançar o frevo... Ah, tempos divertidos esses... Bem que brincadeiras tão singulares poderiam ser resgatadas. O mundo deveria proibir a mesmice. Miap 23 de junho de 17

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