quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Agora é Hora - programa de mil e uma utilidades

“Agora é Hora” – programa de mil e uma utilidades 25 de setembro é o Dia Nacional do Rádio, um dos meios mais populares de comunicação. Seja ele um simples aparelhinho movido à pilha ou à energia, sua utilidade é indiscutível, inclusive para espantar a solidão. Óbvio que o aparelho depende de emissoras que, se forem de boa qualidade, melhor ainda. Em 22 de novembro de 1963 foi um radinho de pilha sobre minha geladeira que deu a triste notícia do assassinato do inesquecível presidente americano, John F. Kennedy, em Dallas, Texas. Minha geração jamais esquecerá onde e o que fazia naquele momento em que a tragédia foi anunciada. Jamais, repito! Lembro-me agora de um paradidático que, anos a fio, fez sucesso entre os estudantes – “O cadáver ouve rádio”, de Marcos Rey (1983). Na trama, é o som dum rádio ligado numa obra abandonada que leva à descoberta do cadáver, personagem principal da história. Aliás, pedreiro que se preza anda com radinho a tiracolo. Assim, além de ficar por dentro das últimas notícias, decora músicas, canta, assobia, suando a camisa numa boa. O avanço da tecnologia não reduziu o exército de ouvintes nem a multiplicação de emissoras. Sobretudo nas cidades interioranas e, mais que isso, nas zonas rurais, é impossível imaginar a vida, sem um rádio fixo ou portátil, ligado dia e noite. Nesta nossa terrinha, a Rádio Piratininga970AM, cujo slogan é “a rádio da família”, destaca-se como a emissora mais popular da região, pois abrange diversos programas de interesse público. O mais inovador deles – o “Agora é Hora”, capitaneado por Luís Antônio Pradella, já faz sucesso entre jovens e adultos. O Pradelinha, como é carinhosamente chamado, e seus convidados, têm sido felizes na seleção de bate-papos descontraídos. O “Agora é Hora” acontece de 2ª a 6ª feira, no horário das 13:15 às 13:50, com temas variados, como educação, tecnologia, família, Lei Maria da Penha, música, direitos trabalhistas, saúde e outros, todos muito atraentes, captando audiência significativa e, o melhor, participativa: telefonemas e mensagens WhatsApp chovem durante a programação. É preciso ousar, se quisermos fazer a diferença. A competitividade e a globalização têm força incrível: quem não ousa perde o bonde... E, ao contrário do que se pensa, ousadia e humildade podem conviver lado a lado, de tal forma que quem ousa deve estar aberto a sugestões e críticas construtivas. Nesse sentido, o Pradelinha se demonstra extremamente receptivo. Portanto, caros leitores, sintonizem ou acessem a Rádio Piratininga 970AM e confiram o “Agora é Hora”, programa de mil e uma utilidades. Ah, garanto-lhes que telefonemas e palpites serão sempre bem-vindos. minesprado@gmail.com Maria Inês de Araújo Prado Out/15

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Avós e mestres que o digam

Avós e mestres que o digam Vou às compras, após um bate-papo sobre Família, Educação e Tecnologia, na Rádio Piratininga – programa “Agora é hora”. Logo mais, saio do supermercado, entro no carro, dou a partida. No mesmo instante, outro é estacionado grudado ao meu. A porta de trás é aberta e bate na “minha” lataria – uma senhora tenta sair do possante da filha. Sim, filha, pois ordena à mãe, que desce seguida de uma garotinha: _ Segura ela, mãe! – assim, sem um “por favor”, berra e repete a ordem. A grosseria me chama a atenção. Uma moça avantajada, o que combina com a grosseria, salta pela porta do motorista, com ares de dona do mundo e... da mãe. Como fica a educação daquela criança? Se a mãe berra com a idosa, a menina “pode” berrar também. Se a avó bate com a porta na lataria dum carro, ela, neta, pode muito bem sair por aí, batendo porta e também riscando o que estiver no caminho dela. Não estou num cantinho da casa dessa criança, para ver como as coisas se passam lá. Talvez a família, congregada ou desagregada, ensine-a que berrar é feio, que estragar coisas é pecado mortal, sabe-se lá o que mais. Porém, exemplo que é bom, nada. Pobre cabecinha vítima dos desmandos dos adultos. “A mesma mão que afaga, educa.” Essa afirmação é supimpa para pais e mães, e não só, pois serve para todo adulto que lida com a criançada, inclusive mestres. É essencial ser amoroso, porém firme, até na hora de educar. E a educação parte do exemplo. Ainda com a cabeça na cena, lembro-me dos estragos da educação controvertida, em que o pai fala uma coisa, a mãe, outra, e os avós, outras... O comer chocolate antes das refeições é um exemplo bem concreto. O pai se omite, a mãe proíbe, os avós dão a guloseima às escondidas. Afinal, quem a criança vai seguir? Óbvio que os avós, embora o pequeno ou a pequena possa se sentir culpado (a) por trair a mãe. Caberiam aqui inúmeras situações que deixam a criançada perdidinha. Comprar tudo aquilo que a criança pede é comum, sobretudo no caso de pais separados. Evidentemente, trata-se de compras que “compram” a criança. Muitas vezes, um dos genitores tem posses e se regala, regalando os filhos. Quem sofre com isso? A prole. Sinceramente, confesso meu alívio por, bem ou mal ou mais ou menos, já ter passado da fase de educar filhos (às vezes ainda me escapa algum puxão de orelhas). Quanto aos netos, procuro transmitir certos valores durante nossa curtição despretensiosa. Se jogamos cartas, esclareço que jamais aceitem jogar a dinheiro: uma coisa é brincar de jogar “buraco”, outra é ter o vício do jogo. Se fazemos a leitura do Devocional, reflito com eles, trocamos ideias. Se estamos à mesa do almoço, aí confesso que sou chata mesmo: explico o melhor jeito de sentar, para evitar corcunda; como descansar os talheres; o porquê de comer certos alimentos etc. Se hoje me acharem chata, mais pra frente compreenderão essa chatice, provavelmente quando chegar a vez de lidarem com a educação dos pimpolhos deles. Tudo é cíclico. Distribuir sementes em campo amoroso é fantástico. Avós e mestres que o digam. “Rabiscos de Minês”:minesprado.blogspot.com.br minesprado@gmail.com Outubro/15