sábado, 28 de fevereiro de 2015

O cidadão e a Câmara Municipal

O cidadão e a Câmara Municipal Para os brasileiros, 2015 começa agora. Foram-se as férias, a correria para matriculas e compra de material escolar, a dor de cabeça com IPVA.Outros “Is” logo chegam, Foram-se o carnaval e a ressaca. Fica o saldo da gastança. Agora é entrar nos trilhos e bom trabalho, antes que o ano acabe e não se tenha saído do lugar. E como tudo tem que andar, as câmaras municipais também retomam as sessões semanais. Aqui na terrinha, às segundas-feiras, os vereadores se reúnem para a sessão ordinária, como representantes do povo. Mas cadê o povo? Um pulo à prefeitura local, lá pelas 19h30, justifica minha indagação. Apenas uns gatos pingados no auditório. Nas ruas, reclamações de cidadãos chovem o tempo todo. Dedo em riste, acusam os edis de nada fazerem em prol do bem comum. Fofocas sobre eles correm a cidade, multiplicadas, distorcidas, levianas. Será que essa atitude tem a ver com cidadania? Cidadania é sinônimo de direitos e deveres; ex.: todo individuo tem direito à saúde, mas tem o dever de manter a moradia dele em condições que não favoreçam a procriação do aedes aegypti, conhecido como o mosquito-da-dengue. Os cuidados devem ser permanentes, para o bem do próprio indivíduo, de sua família e da comunidade em que vive. Num regime democrático, são inúmeros os direitos e deveres do cidadão que exigem exercício e reivindicação, em nome da cidadania. No campo político, ser eleitor e votar não basta. É preciso muito mais do que choramingar no ombro de um vereador amigo, a fim de obter “favores”. O eleitor deve esmiuçar o perfil do candidato em quem pretender investir o voto. Se seu candidato for eleito, é preciso acompanhar, com lupa, seu desempenho na defesa dos interesses públicos. Para isso, o comparecimento às sessões da câmara municipal é imprescindível. Verificar o comparecimento e a atuação do vereador junto a seus pares, observar os assuntos em discussão, os deferimentos ou indeferimentos etc. é comportamento esperado de todo eleitor que pretenda exigir o retorno positivo do voto. A meu ver, o sujeito que vota e se acomoda deveria ter a decência/coerência de ficar de boca fechada, sem nada reclamar. É cabível comportar-se como o aluno que não acompanha as aulas e, depois, rouba o tempo do professor, com perguntas indevidas, em prejuízo dos colegas? É justo alunos aplicados não tirarem dúvidas, por culpa de um “vagau”? Fica, neste espaço, uma sugestão: cada bairro organize um grupo de eleitores que, em rodízio, compareçam sistematicamente às sessões do legislativo e anotem os temas em pauta, bem como se inscrevam, para apresentar reivindicações, em nome da comunidade, exercendo, ainda, o direito de cobrança das promessas feitas em campanha e de outras assumidas em plenário. Afinal, “não se pode deixar barato” o valor do nosso voto. “Rabiscos de Minês”:minesprado.blogspot.com.br minesprado@gmail.com.br Fev./15 Publicação EXTRANEWS de 28/2/15

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